terça-feira, 13 de março de 2012

Águas de Março


 
Desde que chegamos ao Rio de Janeiro, as temperaturas têm batido recordes. Semana retrasada o termômetro de Bangu chegou aos 44 graus. Eu que o diga. Trabalho no meio do fervo. E esse dias não foram brincadeira. Nem o ar condicionado estava dando conta de tanto calor.

Finalmente, na semana passado o clima mostrou que está na hora da tregua e o calor deve dar passagem às temperaturas amenas do outono carioca.

Mas o outono não chega sem suas famosas águas de março.

Ontem choveu granizo aqui perto, em Campo Grande. E hoje foi dia da chuva me pegar no meio do caminho de volta para casa. A chuva vinha que parecia ser jogada de balde em cima do carro. Os ventos e a chuva forte fizeram muitos galhos de árvore cair e o caminho chegou a ficar um pouco perigoso, mas deu tudo certo. Eu e Raquel chegamos muito bem em casa!



...
São as águas de março
Fechando o verão
E a promessa de vida
No teu coração
...

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carpe uns momentos Kairos a cada dia.

Ando sem tempo para internet e outras superfulosidades.Escrever no blog então tá no fim da fila. 
Depois de 2 semanas sem acessar a internet, hoje consegui sentar para olhar alguns blogs que acompanho e me deparei com esse texto ótimo justamente sobre o tempo. Que coisa não?
E como alguém conseguiu traduzir em palavras o que tenho sentido como mãe, esposa, dona de casa e profissional, apenas trasncrevo-o do mesmo jeito que li lá no dcoração.

"(…)
Em todo lugar alguém diz: aproveite o momento, aumente sua atenção, seja feliz, aproveite cada segundo, etc, etc, etc. Eu sei que a mensagem é correta e boa. Mas eu, finalmente, me permiti admitir que isso não funciona pra mim. Isso me irrita. Carpe Diem me deixa paranóica e em pânico. Especialmente nessa fase da minha vida, enquanto crio filhos pequenos. Ouvir um milhão de diferentes maneiras Carpe Diem me deixa preocupada, que se não estou sempre em intensa gratidão e êxtase, então devo estar fazendo algo errado.

Acho que criar filhos pequenos (e grandes, me disseram) é um pouco como escalar o Monte Everest. Almas corajosas e aventureiras experimentam isso porque ouviram que existe mágica na escalada. Eles tentam porque acreditam que atingir o topo, ou até tentar, é uma grande realização. Eles tentam porque, durante a escalada, se se permitirem pausar e levantar seus olhos, e retirar suas mentes do esforço, as vistas são de tirar o fôlego. Eles tentam porque mesmo se machucando, e sofrendo, existem momentos que valem a dor. Esses momentos são tão intensos e únicos, que a maioria das pessoas que chegam ao topo, já começa a planejar, quase imediatamente, uma nova escalada. Mesmo assim, todo alpinista te dirá que a maior parte da escalada é traiçoeira, exaustiva, matadora. Que eles literalmente choraram a maior parte do caminho acima.

E então, eu acho, que se houvessem umas pessoas estacionadas, digamos, a cada trinta metros ao longo do Monte Everest, gritando para os alpinistas: "Você está se divertindo? Se não, você deveria! Um dia você vai se arrepender não ter se divertido!?!” "Acredite em nós! Vai acabar logo!! Carpe Diem "- esses bem-intencionados líderes de torcida corriam o risco de serem jogados da montanha.

(…)

De todo modo, claramente, Carpe Diem não funciona pra mim. E não consigo nem Carpe 15 minutos seguidos, então um Diem inteiro está fora de questão.

Aqui está o que funciona pra mim:

Há 2 tipos diferentes de tempo. O tempo Chronos é o que a gente vive nele. É o tempo normal, 1 minuto de cada vez, é olhar o relógio até a hora de dormir, são os minutos escruciantes até o tempo alvo. (…). Chronos é o tempo que passa devagar. (...) Mas tem o tempo Kairos. Kairos é o tempo de dues. O tempo fora do tempo. É o tempo metafísico. São aqueles momentos mágicos em que o tempo para. Eu tenho alguns desses momentos a cada dia. E eu os acalento.

Como quando eu paro o que estou fazendo e olho para a minha filha. Como sua pele é perfeitamente macia e morena. Eu perbo as curvas perfeitas da sua pequenina boca de elfo (…) Nesses momentos, eu vejo a sua boca mexer mas eu não a ouço, porque a única coisa que consigo pensar é: Essa é a primeira vez que eu a vejo hoje, e meu deus, ela é linda. Kairos.

(...)

Ou quando me enrolo na minha cama confortávem com Theo dormindo aos meus pés e Craig ao meu lado, eu ouço aos dois respirarem. E por um momento eu penso: Como uma garota como eu tem tanta sorte? Ir pra cama a cada noite cercada por essa respiração, esse amor, essa paz? Kairos.

Estes momentos Kairos vão embora tão rapidamente quanto vem. Mas eu os marco. Eu digo a palavra Kairos na minha cabeça toda vez que deixo Chronos. E ao fim do dia eu não me lembro exatamente quais foram meus momentos Kairos, mas eu lembro que os tive. E isso faz com que a escalada diária da maternidade valer a pena.

Se eu tive uns Kairos em um dia, eu chamo de sucesso.

Carpe uns momentos Kairos a cada dia.
Bom o suficiente pra mim."

Texto original de Glennon Melton no Huffington Post, traduzido pela Viviane do dcoração, blog tudo de bom.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

2012 começou hoje!

O blog ficou abandonado desde o final do ano passado. Fizemos mudança, me alojei com toda a familia e mais os brinquedos num quarto na casa da minha sogra, vieram as comemorações de fim de ano, a apresentação da escola, a competição de natação (sim, minha filha, Raquel só tem 3 anos e já estreiou em competições esportivas. Mas na idade dela vale a máxima de que melhor é participar. Ainda bem!) Natal, Ano Novo... Ufa! Mesmo com tantos assuntos para escrever, faltava vontade e motivação para sentar em frente ao computador.

Mas hoje é diferente porque minha tão esperada transferência saiu IUPI \o/

É por isso que eu digo que, para mim, 2012 começou hoje!

Sábado é meu aniversário e o meu presente será::

Minha ida para o Rio de Janeiro!!!!

Não uma ida provisória, a passeio. Uma ida para ficar (pelo menos por um ano).
 
E será um verdadeiro ano novo. Nova cidade, nova escola para Raquel, novo trabalho, novas rotinas. Pela primeira vez estaremos sozinho sem parentes por perto, sem ajudante em casa. Seremos nós por nós mesmo. Ao mesmo tempo que me aflije um pouco essa idéia, o desafio me estimula.
Será um enorme prazer reencontrar amigos, rever lugares e estar perto dos meus pais e familiares.



segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Como ajudar a criança a lidar com a mudança.

Caramba! o Natal está batendo à porta e até agora eu nem mencionei o coitado nesse blog.

Realmente é difícil pensar em festa quando se está em meio a um turbilhão de coisas. Tudo acontecendo num mesmo momento. Ter que mudar não é só enfiar tudo numa caixa. Como Raquel tem só 3 anos, eu tenho a preocupação de fazê-la entender o que está acontecendo e prepará-la para o que vai acontecer, para que não haja surpresas e ela se sinta mais segura ao passar por todas as transformações. Mesmo assim não é tão simples. Raquel adoeceu e eu acho que teve uma participação emocional nisso tudo. Agora, acho que ela está adaptada e já anda dizendo que essa casa é nossa, porque estamos morando aqui. (Bom sinal de que ela aceitou a mudança).

Como eu disse, eu a preparei para esse momento. Como? Dizendo com antecedência tudo o que iria acontecer mais ou menos assim: Nossas coisas serão colocadas numa caixa, depois vem o caminhão e leva tudo para o Rio de Janeiro, nós vamos para a casa da vovó e vamos ficar morando lá por alguns meses. Depois iremos eu, você e papai morar no Rio de Janeiro.

Explicar para a criança o que vai acontecer minimiza sua angústia sobre o acontecimento. Os fatos vão se sucedendo da maneira como lhe fora dito, isso faz com que ela já saiba qual será o próximo evento e permite que ela se prepare para ele. Além disso, ela entende que pode confiar no que lhe foi dito e em quem lhe explicou tudo, pois verifica na prática que os fatos ocorrem da maneira como lhe foram contado, o que lhe dá bastante segurança.

Ficou muito difícil de entender? Então vamos ver como funciona na cabeça da criança: Se mamãe disse que isso ia acontecer e realmente aconteceu, significa que mamãe sabe das coisas. Então é melhor eu confiar nela. Vou ficar perto dela e assim tudo vai dar certo.

Outra coisa que ajuda a criança a enfretar esse processo de mudança é mater a rotina. Afinal, já são muuuuitas as transformações. Não precisa mudar as atividade diárias também né?

Minha ajudante é a mesma e continua levando Raquel para a natação e para a escola. O almoço continua saindo no mesmo horário e ela continua fazendo suas refeições assistindo o "amigãozão" (infelizmente ela tem esse mal hábito).

E por fim, não posso deixar de mencionar que é fundamental que a criança identifique-se com esse novo espaço. Raquel já estava super acostumada com a casa da vó, é verdade, mas mesmo assim eu trouxe um pedacinho da nossa casa para cá. Aqui estão suas bonecas preferidas (Bruna, Bruna nova, Emília, Luiza) as polis, alguns livros, suas mesinha e uma cadeirinha. A fantasia de uma menina de três anos faz o resto.

É dessa forma que estamos passando por tudo. Não é fácil. Raquel é uma criança que percebe as coisas e as sente profundamente. Às vezes que até gostaria que ela fosse mais alienada e nem entedesse direito o que se passa ao seu redor, mas ela não é nem nunca foi assim. Sempre foi observadora e atenta. Por isso me preocupo em fazê-la compreender tudo o que está acontecendo, sem esquecer de enchê-la de muitos beijos e carinho.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

De Malas Prontas

Ontem foi o último dia que dormimos em nossa casa antes de nossa mudança para o Rio de Janeiro. Apesar de passarmos o fim de semana arrumando nossas coisas, separando o que vai ficar e o que segue viagem, tentei não mudar muito a rotina da casa para que Raquel não sentisse tanto o impacto da mudança.
Organizamos coisas e brincamos também. Em certas horas eu chamava ela para me ajudar e assim tudo ia sendo feito de modo lúdico.
Apesar de toda preparação, pois há meses venho explicando a ela que nós vamos morar no Rio de Janeiro, não tem como não sentir uma dor no peito ao ver os armários vazios e a casa já desconfigurada e despedaçada.
Agora à noite levei Raquel lá para a gente se despedir da nossa casa. Agora só nos encontraremos no Rio de Janeiro. Nem saberemos ainda quando e como será, mas será.
Ela se despediu de cada uma de suas bonequinhas e disse a Mariana (uma de suas bonequinhas) que não precisava ficar triste, pois ela estaria acompanhada de todos os amigos e amigas - e saiu dizendo o nome de cada um dos bonecos e bichinhos que ainda enfeitam a prateleira do seu quarto.
Hoje, já na casa da vovó Regina, antes de dormir, ela me disse que vai sentir muita saudade da casa dela.
*****
Eu também meu amor! Já estou sentindo muitas saudades da nossa casa. Mas onde quer que nossas coisas estejam o mais importante está perto de mim: você e seu pai.