segunda-feira, 28 de novembro de 2011

De Malas Prontas

Ontem foi o último dia que dormimos em nossa casa antes de nossa mudança para o Rio de Janeiro. Apesar de passarmos o fim de semana arrumando nossas coisas, separando o que vai ficar e o que segue viagem, tentei não mudar muito a rotina da casa para que Raquel não sentisse tanto o impacto da mudança.
Organizamos coisas e brincamos também. Em certas horas eu chamava ela para me ajudar e assim tudo ia sendo feito de modo lúdico.
Apesar de toda preparação, pois há meses venho explicando a ela que nós vamos morar no Rio de Janeiro, não tem como não sentir uma dor no peito ao ver os armários vazios e a casa já desconfigurada e despedaçada.
Agora à noite levei Raquel lá para a gente se despedir da nossa casa. Agora só nos encontraremos no Rio de Janeiro. Nem saberemos ainda quando e como será, mas será.
Ela se despediu de cada uma de suas bonequinhas e disse a Mariana (uma de suas bonequinhas) que não precisava ficar triste, pois ela estaria acompanhada de todos os amigos e amigas - e saiu dizendo o nome de cada um dos bonecos e bichinhos que ainda enfeitam a prateleira do seu quarto.
Hoje, já na casa da vovó Regina, antes de dormir, ela me disse que vai sentir muita saudade da casa dela.
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Eu também meu amor! Já estou sentindo muitas saudades da nossa casa. Mas onde quer que nossas coisas estejam o mais importante está perto de mim: você e seu pai.

Inferno Astral (Editado)



 Apesar do quadrinho, eu nem sei se criança tem dessas coisas, mas se existe esse tal  "inferno astral"  Raquel está passando por ele.

Começou com um roxinho no joelho, mas até aí tudo bem. Que criança não se machuca? Depois um arranhadão debaixo do braço causado por uma descida torta no escorregador. Normal também. Mas daí veio uma torção no pé esquerdo, que deixou a pequena de molho por uns dias e até agora ainda anda mancando.
Eu já estava achando de bom tamanho tantos sobressaltos, mas depois de um dia de trabalho chego em casa e encontro um febriu Raquel. Era uma inflamação de ouvido que duraria uns três dias. Achava que já estava de bom tamanho até que na última quinta ela amanheceu fungando, tossindo e com o peito chiando. Dá-lhe xarope e nebulização.

Agora já está quase boa e os bons ventos sopram a nuvem negra para longe!

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Em 08/12: Bem que eu gostaria que a história fosse só essa mesmo. Infelizmente, depois de uma semana de resfriado, a gripe pegou forte e Raquel passou dois dias inteiros em estado febril (hoje os médicos só consideram febre a partir de 38º). Na madrugada do dia 02, acordou com calafrios. Fomos para a emergência, que não disgnosticou nada, apenas pediu exames. No dia seguinte fizemos os exames e levamos para a médica, que diagnosticou pneumonia em estágio inicial. Desde então está tomando amoxilina (antibiótico). Demorou ainda uns dois dias para começar a melhorar, mas agora está ótima. Brincando, feliz e suando muito.

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Filha, mamãe detesta te ver dodói. Fica boa toda loooogo!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Tudo depende do ponto de vista.

"Tudo depende de como se vê a vida.
Tudo depende de querer o melhor".


Nesse mundo dos pequenos, onde tudo é uma descoberta, qualquer coisa pode se tornar um estímulo para o aprendizado.

Um dia desses, estávamos no carro, voltando para casa e ouvindo música, como sempre fazemos.A música era "Um café" do Silvério Pessoa, cujo refrão abre este post.
Raquel estava quieta, o que não tem sido muito comum, haja vista ela estar na casa dos 3 anos, logo na fase da máxima tagarelice. Até pensei que ela estivesse querendo cochilar. Mas como as crianças sempre nos surpreendem, de repente ela sai com essa:

- O que é ponto de vista?

- Hummm como posso explicar ponto de vista, hein papai? (titubiei e passei a bola para o papai).

Papai prontamente respondeu que ponto de vista era a opinião de cada um sobre um assunto e deu exemplo para a bichinha poder entender.

- Por exemplo: no meu ponto de vista a Raquel é a menina mais inteligente do mundo.

Eu aproveitei e dei outro exemplo para ajudá-la.

- No meu ponto de vista, a Bruna é uma boneca muito legal.

Como essas crianças não são bestas nem nada, Raquel logo entendeu o sentido da coisa e saiu pitacando sobre seus pontos de vista.

"No meu ponto de vista, o rosa é a cor mais bonita", retrucou Raquel logo depois que o papai disse que preferia a cor azul.

E assim foi, até chegarmos em casa.

No meu ponto de vista, esses singelos momentos são especiais e merecem muuuuuuito serem registrados. Né não?

Vai um café?

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Lá vem o sol thurururu!

E podia ser também

"vem chegando o verão, o calor no coração...

ou

"E o verão chegou e o sol já saiu pra tirar teu mofo...."

O fato é que o verão chegou chegando. Aqui em casa chegou cheio de novidades. Trabalho novo, horário novo, murissocas novas, silhueta nova e 2 quilinhos a mais na balança.

Ops como é?

Quem me conhece pode até dizer "ah, mas você pode" (eu escuto tanto isso, vocês nem imaginam). O problema é que os dois quilos estão concentrados em regiões perigosas, como cintura e pernas. Então, como agora meu horário de trabalho está um pouco mais folgado e a pança também, decidi não mais fazer promessas e partir para a luta.

Comecei hoje na academia e pela primeira vez na vida fiz uma avaliação física de verdade. A mocinha quase me virou pelo avesso (sim, eu quase botei os bofes para fora no teste de esforço e no abdominável ) e no fim ela me disse quase tudo que eu já sabia, só que colocou tudo em números e gráficos. Fiquei chocada ao me descobrir uma pessoa a baixo da maioria das metas. Eu que me achava super mediana, só fiquei na média quando se tratava de gordura corporal. Ah fala sério!

O bom disso tudo é que, baseado nos meu números, a avaliadora traçou uma meta que nada mais é do que voltar a ser como eu era há um ano atrás.

Então daqui até fevereiro minha rotina será de muita maromba e ralação.

Ah! O que é isso?! A quem eu quero enganar? Sejamos realistas. Vou me comprometer a dar umas voltas sistemáticas na Jaqueira e pegar uns pesinhos na "acadimia".

E que venha o carnaval!!!





quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Grandma Nila, ich werde dich immer lieben

"Vovó Nila, eu te amarei eternamente"

Hoje, aos quase 91 anos, faleceu minha vozinha.

Nasceu Theolinda Welter, no município de Estrela - RS em 09/11/1920, mas a vida a transformou em Dona Nila e para nós, seus netos, era a vó Nila.

...
Vó, Deus sabe o quanto eu pensava em você. Quase todos os dias sua imagem vinha a minha mente. E mesmo que esse pensamento durasse o tempo de um flash, eu aproveitava e fazia uma pequena prece por você.

Meu grande desejo era lhe visitar e lhe apresentar minha família completa, agora com Raquelzinha. Infelizmente moramos em pontos opostos desse imenso país e esse desejo não foi possível de ser realizado.

Eu queria que você soubesse que eu lhe admiro muito e sempre lhe admirei por sua força, coragem, sua firmeza e sua fé. Assim como meu pai, eu sigo os seu passos e o seu exemplo. Acredito que esse é o maior legado que podemos deixar: quem somos.

Sentirei saudades de sentar no seu jardim, debaixo do pé de limão, e partilhar um mate enquanto a conversa fluia tranquila. Sentirei saudade das flores bem cuidadas do seu jardim e da parreira no seu quintal. Sentirei saudades da comida feita no fogão a lenha e das "chimias" de uva. Sentirei saudade da cuca sempre pronta debaixo de algum pano de prato e do pão. Sentirei saudade de visitar o seu quarto antes de dormir e rezar com você. Sentirei saudade do seu sotaque alemão, que chamava pão de pon e Bianca de Pianca. 

Eu simplesmente sentirei saudades... eternas.