Tá difícil postar com regularidade. Como estou sem uma rotina definida e sem internet constante (aqui em casa só temos o 3G, que o marido leva quase diariamente para o trabalho) não estou encontrando motivação de parar e sentar para escrever. Não vou prometer, mas esta semana me esforçarei para postar pelo menos às segundas, quartas e sextas. Estou pensando também em definir um tema para abordar em cada um desses dias. Nada muuuuito rígido, porém acho que dividir os assuntos por tema facilita minha organização e ajuda àqueles que ocasionalmente aparecem por aqui interessados em acompanhar o blog.
Como segunda vem logo após o fim de semana, esse foi o dia escolhido para falar sobre viagens.
Fazia um tempo que eu queria escrever sobre minha viagem a Nova York, mas já tem taaaaaaanta gente que escreve sobre esse assunto com muito mais propriedade do que eu, que achei que seria chover no molhado. No entanto, a maioria dos blogs de viagem que li me preparando para essa viagem estão quase sempre em dois opostos. Ou o cara é mochileiro e vai para hostel e só come burguer king ou o cara tem uma graninha pra torrar e fica num bom hotel e sai para jartar em restaurante.
Eu sou da classe emergente do nosso país e não me encaixo em nenhuma das duas categorias. Não posso pagar caro, mas quero conforto e bem estar. E porque tem um monte de gente que está na mesma situação é que eu vou me atrever a contar como foi minha experiência, afinal, com o real valorizado perante o dólar, um pouco de organização, disciplina e antecedência qualquer um pode fazer uma viagem ao exterior.
Começamos a pensar na viagem 5 meses antes dela realmente acontecer. Procuramos melhores alternativas e melhores destinos dentro de nossas possibilidades e decidimos por Nova York. Antes que me perguntem, os motivos foram diversos, mas os principais foram tempo e dinheiro (não tô dizendo que eu sou emergente). Nós tínhamos um teto máximo de R$16.000 para gastar com essa viagem e como temos uma filha de 3 anos e não a levaríamos conosco, ficaria insuportável para meu coração ficar mais de uma semana sem ela. Resumindo: 7 dias + valor disponível = NY.
As passagens e hospedagens ficaram em 8 mil somando eu e meu marido, logo nos sobrou 8 mil para gastar lá com transporte, alimentação, passeios e compras. Não é muito, mas também não é pouco.
A primeira dica que posso dar após a escolha do local de sua viagem é pesquisar. Hoje em dia o acesso à informação é tão fácil, que só dá bobeira quem quer. Eu fiz logo uma lista de sites e blogs favoritos e num documento Word ia colocando todas as dicas que achava interessante. Para essa viagem, o melhor sem dúvidas é o Viagem para Mãos de Vaca. Inclusive, eles vendem um guia de NY para mão de vaca que eu só não comprei porque eu sou mão de vaca assumidíssima e li o blog do início ao fim.
Depois da escolha o próximo passo é providenciar o Passaporte e o Visto Americano. Meu passaporte já estava prestes a vencer, então aproveitei para fazer o novo. Não tivemos problema em conseguir o Visto que agora é válido por 10 anos. Na verdade, li esta semana que com a crise econômica o número de visto negado tem diminuido bastante.
Passados 5 meses pagando a viagem e economizando dim dim, finalmente chega o dia de viajarmos. Levamos apenas duas mochilas. Ué, mas você não falou que não era mochileira? E realmente não sou, mas é que não queríamos levar mala, já que estava em nossos planos comprar mala lá. Além do mais, íamos de trem do aeroporto para o hotel e ficaria muito mais fácil carregar se fosse um mochila. Como é? Ir de trem? Hum, isso tá me cheirando a mochilão. Fica calmo (a) aí que eu já vou te dar a manha.
Como eu disse, li inúmeros sites com dicas de como se trasportar do aeroporto para Manhattan, o mais explicadinho foi o do maestro Ricardo Freire. De todas as formas, a mais barata é de trem. E como não me pareceu nenhum bicho de 7 cabeças, optamos por ir dessa maneira. Pesou muuuuuuito a favor do trem o fato de estarmos com pouquíssima bagagem e da estação final (Penn Station) ser a uma quadra do hotel.
Mas antes de entrar nesse assunto, preciso dizer como foi a viagem. Embarcamos no aeroporto do Recife rumo ao RJ por volta das 18h. Optamos por viajar de TAM e por isso tivemos que fazer a conexão no Rio. Saímos de lá em torno de 23 hs. O voo foi maravilhoso do início ao fim. Lasca mesmo foi encontrar posição para dormir na poltrona da classe econômica. Acho que consegui essa façanha por umas 3 horas apenas.
O voo chegou bem cedo. Como era período de baixa temporada, enfrentamos um fila pequena na imigração. Apesar de ser um momento um pouco tenso, pois é o primeiro contato em terras estadunidenses, os funcionários da imigração no JFK são bem objetivos e quando você vê já acabou. A nós só perguntaram quanto tempo íamos ficar lá e o
motivo da nossa visita (turismo). Depois pediram pra colocarmos os dedinhos
para registrar as digitais e tiraram uma foto pela web
cam. Para sair da imigração e entrar na área das bagagens passamos ainda em um detector de metais, iguais aos usados aqui quando embarcamos. Pegamos a mochila maior na esteira e finalmente rumamos para a estação do Air train. O AirTrain é um monotrilho que interliga, de graça, os oito terminais do JFK e também liga o aeroporto à estação de trem Jamaica.
Air Train |
"Modo de usar: Pegue o AirTrain no seu terminal e desça
na estação Jamaica (dá uns 10 minutos de viagem). Para sair é preciso
comprar o ticket nas máquinas localizadas imediatamente antes das
catracas. Selecione um MetroCard de US$ 5 — este é o valor necessário
para passar pela catraca. (As máquinas aceitam dinheiro ou cartão; se
você pagar com cartão, lá pelas tantas uma tela vai pedir o seu zip
code, o CEP americano. Ponha cinco números quaisquer — o da Times Square
é 10036 –; este número só é checado em cartões emitidos nos Estados
Unidos.) Depois de passar pela catraca, siga a sinalização para a LIRR.
Compre sua passagem para Penn Station numa das máquinas postadas antes
das escadas que descem para as plataformas. Para viajar entre 5h50 e
9h35 da manhã você vai precisar selecionar a tarifa “peak” — pico — que
custa US$ 8. Nos outros horários, selecione “off peak”; custa US$ 5,75.
Veja no painel eletrônico qual é a plataforma de saída do próximo trem
para Penn Station" (retirado do site do Ricardo Freire).
Skyline NY * |
Não tem como errar. É só seguir exatamente o que o Ricardo escreveu. Tivemos dúvida apenas em qual plataforma pegaríamos o trem, mas com meu pargo inglês perguntei a um funcionário e ele nos indicou o local correto. O trem estava vazio e conseguimos ir sentados juntos a viagem toda. Pegamos o expresso e ele foi direto para a estação final. É muito legal quando vai chegando perto de Manhattan. A primeira coisa que fiz foi identificar o Empire States e ficar admirando a silhueta da cidade que se aproximava. Pena que dura pouco. Logo o trem entra num buraco e quando vê já chegou à Penn Station.
Fecho os olhos e posso ser transportada para aquele momento. Subindo a escada rolante começamos a sentir a brisa gelada no início da primavera e logo a cidade se descortinou a nossa frente
É exatamente essa a imagem vimos ao subir as escadas da Penn Station |
Na próxima semana conto como era o hotel e como foram os dois primeiros dias, destinados às compras. Espero que tenham gostado.
Boa Semana!
* http://www.flickr.com/photos/greyness/3426123561/sizes/z/in/photostream/
Um comentário:
Que legal seu relato, Bianca! É o Marcelo quem cuida dos preparativos e ele encontra várias dicas no www.mochileiros.com. O site do Ricardo Freire também é muito bom e vale a pena ser lido antes de uma viagem! A gente sempre leva uma mochila na ida e despacha bagagem na volta. É ótimo não ter que esperar a mala aparecer na esteira!Realmente viajar de trem ou metrô com mala grande é muito confuso... Suas dicas foram bem práticas! Um beijão!
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