Já cantava o Rei do Baião Luíz Gonzaga:
"A Feira de Caruaru,
Faz gosto a gente vê.
De tudo que há no mundo,
Nela tem pra vendê,
Na feira de Caruaru."
Faz gosto a gente vê.
De tudo que há no mundo,
Nela tem pra vendê,
Na feira de Caruaru."
Apesar de morar há 5 anos em Pernambuco eu nunca tinha ido a Caruaru para fazer turismo. Já fui algumas vezes a trabalho e já havia passado por lá a caminho de outros lugares, mas jamais tinha ido a passeio.
Este ano, como é o último na terrinha, eu e meu marido combinamos de conhecer melhor este Estado tão histórico e rico culturalmente. Não preciso nem dizer, que meu marido, pernambucano até o fio de cabelo, está amando esta novidade. Eu sou carioca, mas outro dia faço um post sobre minha paixão por Pernambuco.
Bom, chega de blá blá blá e vamos ao passeio.
Acordamos cedo, pois tínhamos marcado de sair às 8h. Mas quem tem criança em casa nunca consegue manter o cronograma. Então, depois de deixar Raquel na casa da vovó, passamos no cordeiro para pegar duas tias de Junior (meu marido) e seguimos para Caruaru. Pegamos a estrada mais ou menos às 9:15 e chegamos lá por volta das 10:30.
Nossa primeira parada foi a Feira de Caruaru, famosa na música de Onildo Almeida e cantada por Gonzagão. Para chegar à feira é necessário passar pelo confuso centro da cidade. Há placas indicativas até certo ponto e de repente elas desaparecem. A gente teve que perguntar algumas vezes, mas o caruaruense sempre foi muito solícito e nos ajudou a encontrar o caminho, que realmente não foi difícil.
O entorno da feira é um caos. Tivemos um pouco de dificuldade para encontrar um estacionamento, mas quando encontramos não poderia ter sido melhor.
A feira é dividida por "área temática", assim fica mais fácil encontrar o que se quer. Afinal são 40.000 m2 de área destinada aos feirantes.
Começamos o passeio pela feira de roupas e calçados, passamos pelos boxes dos hortifrutis, pelo mercado de feijão e farinha, onde compramos farinha de mandioca fina para fazer pirão e chegamos finalmente ao mercado de artesanato. O espaço é muito bem organizado. Uma delícia passear por seus corredores e encontrar o colorido dos artigos de barro e das redes que parecem te convidar para deitar.
Compramos muitas coisas. Junior comprou uma sandália de couro linda. Compramos um rede nova (R$ 60). Trio de forró (R$ 30), Jogos de panos de prato (3 por R$10), Colher de pau, espátulas e garfinho para petiscos (tudo por R$12).
Comprei uma bolsa tipo sacola que foi paixão a primeira vista. na mesma hora comecei a usar.
Finalmente encontrei uma carranca. Sempre quis ter uma em casa. As carrancas decoravam a popa dos barcos que cruzavam o rio São Francisco. Acreditava-se que elas espantavam os maus espíritos. Aqui em casa quero colocá-la perto da porta para espantar qualquer mau fluído que ouse se aproximar kakaka. A minha é toda talhada em madeira.
Depois de horas perambulando por entre barracas e artes, finalmente, fomos almoçar.
Quando viajamos gostamos de conhecer alguns lugares que só quem é local poderia nos indicar e foi assim que chegamos ao restaurante da Xarlett. O restaurante é simples, fica na beira da BR-104 e serve comida regional, bem servida e sem muita frescura. É bode, carne de sol ou bacalhau assados na brasa e os acompanhamentos são arroz branco, feijão verde ou fava e salada. A farinha e a manteiga de garrafa são cortesia da casa. Pedimos meio bode e meia carne de sol. Tudo muito gostoso, inclusive o bode, que não é todo mundo que gosta, mas esse eu recomendo.
De lá fomos conhecer o Alto do Moura: Terra de Mestre Vitalino. Eu não sabia, mas o Alto do Moura é Reconhecido pela Unesco como o maior Centro de Artes Figurativas das Américas (Se é reconhecido pela UNESCO, então não é papo de pernambucano).
O bairro abriga a Casa-Museu de Mestre Vitalino. Era neste lugar que Vitalino modelava o barro, criando esculturas que retratava sua cultura e sua gente.
Lá conhecemos Seu Severino Vitalino, filho do mestre. Este simpático senhor herdou de seu pai o talento para as artes e também produz e vende suas peças. Seu Severino nos contou que algumas peças de seu pai chegam a valer hoje em torno de 25 mil reais. Quando perguntado se ele ou seus irmãos possuiam peças de seu pai ele nos respondeu que não. Todas as peças foram sendo vendidas ao longo dos anos. A última peça que ele tinha, vendeu há anos atrás por 500 reais, dinheiro que usou para reformar a casinha.
Seu Severino Vitalino |
O Alto do Moura tem outros artesãos, lojas, restaurantes. É um local muito agradável e acolhedor. Vale muito a pena a visita.
Aproveitando que estávamos em Caruaru, demos um passada no Polo da Moda para fazer umas comprinhas. Achei que os preços seriam melhores e haveria uma variedade maior de artigos. Mas acho que não fomos em um bom dia. Tudo muito repetido e, comparando com Recife, os preços não estavam tão mais em conta.
No final do dia voltamos a Recife felizes com nosso passeio e nossas comprinhas.
Agora, deixo com vocês um mosaico de fotos desse dia tão especial.
Um comentário:
Amiga, nem sei como começar esse comentário, são tantas coisas legais aqui que estou meia perdida.
Encontrei seu blog nos que fazem referencias ao meu, achei diferente o nome e vim conhecer, não preciso nem dizer a surpresa em te encontrar, fiquei tão feliz!
Tenho certeza que vc vai adorar ter esse espaço, e nos também, que vamos de certa forma estar presente em sua vida!
Já sou sua seguidora! A primeira! E vou colocar nos meus favoritos!
Ah, adorei as fotos e o passeio por Caruaru! Quando forem fazer novamente turismo pernambucano convida os amigos! :D
Postar um comentário